Crer, ou não crer?

14/12/2012 10:28

Certo individuo como muitos outros, ele crê em Deus e conseqüentemente crê também numa vida após a morte. Ele se esforça para fazer a vontade de Deus em quem acredita, observando os seus mandamentos, abstendo-se de alguns prazeres oferecidos neste mundo. Mas, como todos os demais mortais, chegou à vez dele deixar este mundo. Morreu. Morreu o seu corpo e o seu cérebro, e com ele a sua inteligência, a sua vontade e sua sensibilidade. Com a morte esse individuo deixou de existir completamente. Apenas os seus parentes e amigos o conservaram na memória por algum tempo.

Outro individuo, também, como muitos outros é ateu confesso; não crê na existência de um Deus e conseqüentemente não crê numa vida após a morte, em razão disso procurou sem escrúpulos gozar de todos os prazeres que a vida lhe podia proporcionar sem o menor sentimento de culpa. Como todos os mortais um dia, também chegou a sua vez de deixar este mundo. Morreu. Para surpresa sua ele viu que havia sim uma vida após a morte e que Deus existia mesmo. Não havia como ele voltar atrás; ele estava perdido para sempre.

Crer ou não na existência de Deus e conseqüentemente numa vida após a morte é uma opção da vontade. No primeiro caso o morto não havia como se decepcionar porque ele deixou de existir completamente. Não havia como sofrer uma decepção, ele não podia mais pensar porque não tinha mais cérebro.  No segundo caso o descrente teve uma terrível decepção, aquilo que ele sempre havia negado durante a sua existência realmente existia; havia sim uma vida pós a morte e por conseqüência a existência de Deus, e daí ele teve que agüentar as suas conseqüências desastrosas para todo o sempre.